Entenda como os eSports se equipararam às modalidades esportivas tradicionais por diversos fatores

Há algum tempo, os jogos de vídeo games deixaram de ser mera diversão e se converteram em patamares jamais imaginados com a escalada do cenário competitivo dos eSports. Embora ainda haja um certo preconceito por boa parte da sociedade em enquadrar os games como “esportes”, não há como negar que o segmento se equipara cada vez mais a modalidades esportivas tradicionais em diversos fatores.

Confira abaixo alguns desses fatores que explicam, em partes, por que os jogos merecem essa classificação como eSports – e por que estão cada vez mais perto de futebol, basquete, automobilismo e tantas outras.

Enorme oferta de competições

Foto: Kevin Chang/Divulgação

O mundo dos esportes sempre tem uma competição acontecendo em algum canto do planeta, e com os eSports não é diferente. Todos os dias é possível encontrar torneios, desde os locais, como o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) até as competições internacionais e os chamados majors, como o League of Legends Championship Series (LCS) – apenas pra ficar no exemplo de um dos MOBAs mais populares.

Arenas lotadas

Foto: Divulgação/BagoGames

Não é só na final da Champions League ou no Super Bowl que se vê lotação máxima dos estádios. Nos eSports, a torcida também se faz muito presente e enche as arenas – em condições normais de segurança sanitária, claro. No Brasil, por exemplo, as finais da Pro League Rainbow Six em 2018 levaram 24 mil pessoas à Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca. Na Coreia do Sul, já teve estádio de futebol cheio pra assistir à final do Mundial de League of Legends no mesmo ano.

Competidores milionários

Embora ainda não se equipare aos prêmios e salários praticados em futebol, basquete, futebol americano e outros, os eSports aos poucos vão aumentando suas premiações nos torneios e criando milionários – isso sem falar no salário fixo que muitos gamers recebem de suas equipes. De acordo com o site eSports Earnings, mais de 90 jogadores já ultrapassaram a marca de US$ 1 milhão em faturamento com premiações, sendo o Defenders of the Ancients (DOTA 2) o game que mais paga em torneios.

Formação de equipes

Foto: Divulgação/PSG

As equipes também não são exclusividade dos esportes tradicionais. Nos eSports, há milhares delas espalhadas pelo mundo, com destaque para Team Liquid, OG, Fnatic, Virtus.pro, Invictus Gaming, FaZe Clan e Astralis, apenas para ficar nesses exemplos. No Brasil, também há muitas equipes, como a MiBR e Furia Esports, duas referências em Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). Mais do que isso: muitos clubes tradicionais de futebol de todo o mundo também investem nos eSports, como o PSG, Bayern de Munique, Roma, Flamengo, Santos e Corinthians.

Apostas esportivas

O mercado de apostas esportivas, que já movimenta milhões com futebol, basquete e diversas outras modalidades, também olha com muito cuidado para os jogos, oferecendo opções de apostas para os eSports. É o caso do Bodog (que está entre os 10 melhores casinos online do Brasil e também oferece apostas), Sportingbet, Bet365 e tantos outros sites em operação. Há seções exclusivas para atrair o público espectador dos games e, em alguns casos, até transmissão em tempo real dos eventos.

Espaço na TV

Foto: Reprodução/ESPN

Com o crescimento em ritmo acelerado, os eSports conquistaram seu espaço na televisão. Por aqui, os principais campeonatos são transmitidos por canais fechados como SporTV e ESPN, mas também já tiveram espaço na TV aberta durante essa pandemia. A enorme audiência tem feito o Grupo Globo lucrar bastante com os eSports, o que indica que as transmissões devem aumentar ainda mais nos próximos anos

Grande cobertura midiática

Não é apenas na TV que a cobertura de eSports aumentou – sites e blogs, revistas, podcasts e canais no Youtube sobre o cenário competitivo dos games também cresceram vertiginosamente. Isso abre espaço para o surgimento de profissionais especializados neste segmento, como narradores, comentaristas e articulistas, trazendo muito mais informações aos espectadores.

Rivalidades

Foto: Divulgação/ESL Pro League

Não é apenas no futebol que aquele bom e velho clássico deixa os nervos à flor da pele. Os eSports também têm os seus “Fla-Flus”, como o confronto entre MiBR e Furia Esports. Sempre que as duas se enfrentam no CS:GO, as redes sociais se movimentam. Na Europa, uma das maiores rivalidades acontece entre a Fnatic e a G2 no League of Legends, equipes que constantemente brigam pelo posto de número 1 no LoL.

Patrocínios

Foto: Divulgação/Wikimedia

Assim como nos outros esportes, as grandes marcas olham com bons olhos para o crescimento acelerado dos eSports e investem bastante em patrocínios. Praticamente toda grande equipe ou torneio possui uma grande marca por trás injetando milhares (ou até milhões) de dólares em publicidade nas camisas e banners. É o caso da Motorola, por exemplo, que recentemente se tornou a primeira empresa de celulares a investir nos eSports ao anunciar patrocínio à equipe PaiN Gaming.

Com tantos pontos em comum, nada mais justo do que aceitar o fato de que os eSports estão cada vez mais próximos das modalidades tradicionais em termos de visibilidade – embora ainda haja um longo caminho para percorrer. Fato é que o mercado deve continuar crescendo a níveis altos nos próximos anos e décadas.

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